Há, a ilustrar a exposição evocativa do António Gedeão, que está na Biblioteca Nacional, uma entrevista com a sua pessoa, nos últimos tempos em que viveu. Nela, o autor dos «Poemas Póstumos» recorda como tudo foi criado a partir do antes e como assim é possível, sempre recuando no tempo, chegar ao momento em que se retira a terra do sistema solar e o sol da própria galáctica. Claro que, seguindo sempre para trás, em direcção à origem, a dúvida surge, inevitável e eis aqui a grandeza do génio, neste momento agónico do anterior do princípio. Gedeão: «claro que eu não sou capaz de perguntar quem criou isto tudo. Por isso, não pergunto». Repito para os leitores distraídos: não é o que não sou capaz de responder, como diria, sem dar conta da sua arrogância, qualquer vulgar, é ter a grandeza de não se ser capaz de perguntar. Confesso que ao ouvir isto, assim tão breve e tão lúcido, de um homem à beira do fim, me vieram as lágrimas aos olhos, talvez por andar enfraquecido. Desculpem.
The philosopher and comparativist of spiritual traditions Jacques de
Marquette speaks about Gurudev Ranade, in his book Panharmony.
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The philosopher, mystic and writer Jacques de Marquette, initiated by
gurudev Ranade...
Há 12 horas