A ideia de que três horas se expressam num extenso segmento de recta circular, iniciado e terminado no relógio de ponto, é a obsessão lamentável dos que cumprem horários por conta de outros, das «gentes que tendes patrões, autómatos do dono a funcionar barato». Visto daqui, do meu relógio burguês, corrente dourada «oiro de pechisbeque», é um ângulo, exacto e de noventa graus. Para uns e para outros, tudo se resume numa circunferência. No meu caso, porém, trago-a comigo no bolso do colete afundada, símbolo desse tempo portátil, a versão moderna do relógio de sol.
Poema às almas que ainda virão e lutarão pela Verdade e a Divindade na
Humanidade fraterna e multipolar.
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Ó esperanças escondidas,
resisti na vossa integridade
e chegareis ao local sagrado
onde o peito respirará fundo
e se abrirá como espaço puro
da auto-...
Há 11 horas