Entendo enfim, ao pensar na intersecção de duas rectas, que mútuamente se interrompem, o conceito do que seja o ponto. É aí, no cruzamento de ambas as linhas, no lugar único em que as duas reciprocamente cedem passagem, que se define a unidade central de toda a minha geometria. Eis a simbólica do ponto, o produto da tolerância, a demonstração de que cada caminho permite o outro, a abdicção de ambos permite a solidez de uma edificação. Construamos, pois. Temos o que precisamos. Dêem-me um ponto de apoio e eu soerguerei o mundo. Talvez Arquimedes o tenha dito. Eu conseguirei demonstrá-lo.
Grécia Musa do Ocidente, de João de Barros, figueirense ilustre e um dos
mestres espirituais de Portugal.
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João de Barros foi um dos últimos mestres da ordem espiritual de Portugal,
que sob o nome de Ordem de Mariz foi por uns poucos ora mitificada ora
misti...
Há 3 horas