Há na estilística do português um uso indeterminado do pronome possessivo. Mas o mais ambíguo ainda é o artigo definido, usado para individualizar o objecto. É o falar dos que dizem «o meu amanhã», como se lhes pertenecesse e o soubessem como vai ser. Língua variada, tudo se complica quando o pronome possessivo não traduz posse, mas sim uma simulacro de adjectivo, a que o artigo definido dá o toque de intimidade. É como na frase «aquela tua maneira de mo dizeres». O «tua» nada tem a ver com o que te pertence, o que possuis, mas com aquilo que em ninguém mais eu encontro. Aquela tua maneira de seres tu.
Poema às almas que ainda virão e lutarão pela Verdade e a Divindade na
Humanidade fraterna e multipolar.
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Ó esperanças escondidas,
resisti na vossa integridade
e chegareis ao local sagrado
onde o peito respirará fundo
e se abrirá como espaço puro
da auto-...
Há 19 horas