Hoje descobri que é sexta-feira e que o fim do mês se aproxima vertiginosamente. É esse o problema da métrica do tempo que o calendário efectua e a agenda exaspera. O viajante de comboio sente o mesmo, tal como a solitária figura que na plataforma da estação o espera. Reencontrados, enfim, seguem tristonhos, lado a lado, carregados de futuro e cansados de passado, uma mala atulhada de inutilidades, a separá-los. Pesada, inexorável no seu horário, a locomotiva da vida, segue indiferente, de acordo com o horário. O cais fica então vazio de ilusões.
Do livro "Da Alma ao Espírito", transcrição do 1º cap. "Das Tertúlias e das
Amizades, do Amor e do Conhecimento", melhorado.
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Relendo há dias, numa espera de atendimento, os primeiros capítulos do
livro, sob a tão bela e simbólica fotografia da Alice Batista, senti que o
valor de...
Há 5 horas