A tragédia do homem nasce com as gramáticas para quem o verbo ser equivale ao verbo existir e tudo ao verbo estar. Aí, nada do que não é há. E no entanto, caminham a nosso lado os que foram e já não estão, fazem-nos companhia as ilusões do que ainda virá a estar, podendo existir mas ainda não é. Um dia, numa madrugada de agonia por este confinamento da existência ao que está, um homem, armado de ser até aos dentes, atacará à bomba toda a lógica, a tiro tudo quanto é gramática. Nesse dia profundamente libertador, as forças da ordem, as que garantem que mais não haja do que o que está, sairão para a rua. Uma carnificina feroz mutilará de vez o homem revoltado. Quando o sol raiar, já nada há para quem foi. Morto o mundo do ser, surgirá então, pegajoso e regulador, o mundo do ter e as suas servidões. Um homem, dos muito poucos que sobreviverão, encanter-se-à por uma mulher. Dir-lhe-à és minha, terão um filho e a isso chamarão amor.
Estreia às 9:00 do filme: "Darya Dugina - Siamo per sempre in questa
estate...", do grupo CANTIERE MULTIPOLARE
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Dentre em pouco, às 9:00, estreia mundial de um filme dedicado a Daria
Dugina, uma mártir da liberdade de pensamento, da filosofia perene e da
luta pela ...
Há 13 horas