19.7.10

O coleccionador de angústias

Regresso hoje aqui com o sentimento de surpresa. Li a esmo o que escrevi. Perguntei-me porque teria saído deste lugar, horto de reflexões. O título deste post fui buscá-lo a um livro de Fidelino Figueiredo. O livro começa e termina com Dom Quixote, o quixotismo forma de angústia mansa, de ilusão risonha em que a idiotice é ingénua sabedoria.
Este blog começou por fazer jus literal ao nome e tratou nos seus primórdios de geometria, problematizando o pensamento a partir daí, como a Ethica Ordine Geometrico Demonstrata do judeu português Baruch Spinoza. Depois caminhou para o território em que a geometria o é naquele sentido em que a palavra vem abismalmente mencionada no Livro do Desassossego de Fernando Pessoa. Trata da filosofia portuguesa e de um modo filosófico de pensar Portugal.
Regressei hoje, o pensamento martirizado de reflexão. Talvez haja alguma sombra em que possa haver  inteligência sem racionalidade nesta silva de enganos em que há quem julgue que só há saber na epistemologia, verdade na ontologia.