10.5.09

O Futurismo e o futuro

Multiplicam-se aparentes coincidências. Tinha estado com o livro sobre ele há uns dias, folheando sem saber sobre o que escrever. Inspirou-me então e este post foi o resultado. Hoje levei para ler o número três da Nova Águia, que é dedicado a Agostinho da Silva. Comecei pelo fim e a gostar do que lia, talvez por ter sabido encontrar o meu canto de recolhimento numa catedral pingue de fiéis, como é este projecto. Foi então que o vi, coincidente, o breve artigo sobre um pintor que pouco pintou. Escreveu-o Cristina Pratas Cruzeiro, sobre Guilherme Santa-Rita. Lembra ela ali o «Futurismo, ideologicamente assente na teoria da selecção natural de Darwin» e há aqui em frente uma exposição sobre Darwin que esta noite foi revista na minha memória de a não ter visto. Os manifestos futuristas fizeram cem anos em 20 de Fevereiro. «Queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo», escreveu Filippo Tommaso Marinetti.
Regressei agora a casa, para conferir a citação a seu respeito: «dispensava força nêurica a mais, em projectos maravilhosos,em concepções imprevistas, em imaginações faulhantes, para poder materializar o que projectava, o que concebia, o que imaginava (...)». Escreveu Carlos Parreira, em 1918 sobre aquele que «terá deixado muito mais acções futuristas que obras». Monocromático, cubista, bi-dimensional, A Cabeça, o seu momento de geometria abstraccionista.