Deve-se à genialidade do pintor Almada Negreiros a fórmula que resolve numa equação enigmática a individualidade humana e o mistério do amor unitivo. No seu 1+1=1, resume-se o princípio que na química se manifesta quando o dióxido de carbono, inoculado num líquido, perde as suas propriedades próprias e assume as do próprio meio onde se espraia. É assim a união carnal, liquefazendo-se ambos, num extâse criador. «Tu és tu, porque é assim que és», disse ele, complacente no vértice de uma vulgar tragédia. Eu sei, pensei eu, espectador da vida, mineralizado em conceitos, és apenas um número, a tua angústia o não saberes se, ao sê-lo, és o máximo divisor, se o menor denominador comum. Um número, apenas isso. O número perfeito, irracional, o número de ouro, a extrema razão.
27 de Novembro: lançamento de novo Livro MIL, de Ana Sofia Lopes, no Grémio
Literário...
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