Li hoje num jornal que vão sair CD's com algumas das «conversas vadias» do Agostinho da Silva. Claro que para muitos, o que vai ficar é o lado burlesco do personagem, as barbas ao vento, o ar de São Francisco de Assis, de quem aliás escreveu uma biografia. Passou-se o mesmo com o Vitorino Nemésio, de quem muitas pessoas só se lembram do «se bem me lembro». É o que dá a televisão. Um único personagem resistiu, o maestro António Melo, que acompanhava ao piano o Museu do Cinema do António Lopes Ribeiro. Entrava mudo e saía calado, com uma única excepção, à despedida, o dizer «boa noute». Tal qual: «noute», que em bom português ainda é mais onomatopaicamente escura do que a noite.
7 de Maio, Lançamento novo Livro MIL "A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma
Escrita Pré-Romana a Sul da Lusitânia", de Rui Martins...
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- "A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma Escrita Pré-Romana a Sul da
Lusitânia", Lisboa, MIL/ DG Edições, 2024, 296 pp.
ISBN: 978-989-35619-1-1
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