Será que não se entende nada do que eu aqui escrevo? Claro que não para quem ler a correr, ainda no tropel com que se vive a vida, do mesmo modo que um passageiro da janela do comboio vê os campos circundantes no olha ali-onde-já foi. Mas há também aquela questão, quando perguntaram ao Santo Agostinho o que era o tempo e ele deu a resposta que ficou como uma paradigma quanto à inutilidade explicativa do perguntar: se não me perguntas sei, mas se me perguntas, já não sei. Mal comparado é assim. Não me perguntem pois o que digo aqui: não sei!
Francisco Soares Toscano. A Sibila Cumeana em Portugal. Os "Parallelos de
principes, e varões illustres antigos, a que muitos da nossa naçam
portuguesa se assemelhàrão em suas obras, ditos, & feitos."
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Em 1623 era dado à luz em Évora na oficina tipográfica de Manuel de
Carvalho uma obra de grande erudição, boa psicologia e sagaz
comparativismo. Do seu ...
Há 5 horas