Há uma geometria da esperança e da diversidade. Demonstra-se assim, seguindo-se com os olhos fechados, como os que querem melhor ouvir. Para que dois planos sejam concorrentes, é necessário que tenham um qualquer ponto em comum. Mas deste postulado decorre um outro, o de que se dois planos têm um ponto comum, eles têm necessariamente um segundo ponto comum. Ora ele há o teorema segundo qual a intersecção de dois planos secantes é uma linha recta, do qual resulta o corolário de que existe, afinal, uma infinidade de planos que passam por essa linha recta. Assim em conclusão, pelo mais insignificante ponto passa então a possibilidade lógica da multidão de planos distintos e diferenciados. Tal como por esta rua em que escrevo, a janela aberta. É isto a vida: no um se conter, afinal, a possibilidade de todos.
Francisco Soares Toscano. A Sibila Cumeana em Portugal. Os "Parallelos de
principes, e varões illustres antigos, a que muitos da nossa naçam
portuguesa se assemelhàrão em suas obras, ditos, & feitos."
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Em 1623 era dado à luz em Évora na oficina tipográfica de Manuel de
Carvalho uma obra de grande erudição, boa psicologia e sagaz
comparativismo. Do seu ...
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