A ideia de que, cortando um cone às fatias, segmentando-o em planos paralelos, se obtêm círculos cada vez mais pequenos, até que no fim, já no vértice, o que se corta é menos do que um ponto, é afinal o próprio nada, é abstractamente verdadeiramente e realmente impossível. Ao ser prático repugna o nada, se bem que para o matemático o zero faça sentido. E, no entanto, fatiado o frango de churassco, lasca a lasca, há sempre um que come a última, há sempre outro para quem já não há mais. O que legitima, enfm, uma conclusão epistemológica universal: as asserções verdadeiras, logicamente congruentes, ontologicamente improváveis, conhecem uma excepção: o frango de churrasco. O que hoje, domingo de praia, não é má ideia para o almoço. E com batatas fritas.
Um poema às árvores sagradas, e aos plátanos da avenida das termas de
Caldas do Moledo, escrito junto ao rio Douro.
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No meio dum caderno diário de bolso de 76 páginas escrito em 2010 na serra
da Estrela e numa peregrinação ao rio Douro encontrei quatro poemas. Passo ...
Há 6 horas