Marco aqui, estaca acolá, o aldeão marcou as extremas da sua courela. Estendido um fio, era tudo um figura irregular, terreno delineado aos ângulos, propriedade recortada entre outras igualmente disformes, nada como os hectares rectangulares dos grandes agrários. E, no entanto, a terra é redonda. Depois da ceia, o homem sentou-se a cismar nisso. Nas altas esferas do céu, uma lua circular dava a luz que se via. Era a geometria rústica dos pobres, medida a palmo e aos socalcos. Nessa noite o aldeão, vexado, pensou em emigrar.
Um poema às árvores sagradas, e aos plátanos da avenida das termas de
Caldas do Moledo, escrito junto ao rio Douro.
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No meio dum caderno diário de bolso de 76 páginas escrito em 2010 na serra
da Estrela e numa peregrinação ao rio Douro encontrei quatro poemas. Passo ...
Há 9 horas