Sentado à sua banqueta, sobre o estirador debruçado, fosforescentemente iluminado, há um labirinto humano a desenhar. Na precisão exacta do seu rabiscar, riscado e garatujado, existe, nessa aracnídea figura de rebuscada alma, a ilusão da forma na alucinação do conteúdo. Um dia, estúdio adentro, a ideia surge, como se ali entrasse sem bater. O homem gera projecto. Nómada da geometria, faz da casa alheia o esboço que ali a antecipa e no papel. São hoje riscos, amanhã um lar.
Francisco Soares Toscano. A Sibila Cumeana em Portugal. Os "Parallelos de
principes, e varões illustres antigos, a que muitos da nossa naçam
portuguesa se assemelhàrão em suas obras, ditos, & feitos."
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Em 1623 era dado à luz em Évora na oficina tipográfica de Manuel de
Carvalho uma obra de grande erudição, boa psicologia e sagaz
comparativismo. Do seu ...
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