Os deuses tiram quando dão. Li isto no Fernando Pessoa. E hoje, que é sábado e um vento frio ensarilha a cidade e afugenta os homens, senti o que é. Nesta esquina, perdido de bêbado, olhando-me indiferente, um homem fala uma língua incompreensível. Naquela janela de uma repartição pública, pálida, uma luz cinzenta, artificial, gelada de desolação acompanha alguém para quem o único desespero restante é o trabalho por fazer. O mundo perdeu forma e substância, esfera oca no vazio, povoada de nada.
Hermenêutica iconológica. Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos
religiosos. Três gravuras antigas e um texto de hermenêutica e oração.
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Santa Ana, mãe de Maria, ensina-a a ler sob o olhar de S. Joaquim. As mães
santificam-se pelo ensino de leitura aos seus filhos e filhas. Que memórias
do...
Há 1 dia