A propósito de Álvaro Ribeiro, a que a revista «Teoremas de Filosofia» dedica o seu número 12, Pedro Sinde escreve que «o português é, no seu melhor, de um realismo idealista ou de um idealismo realista, que o torna felizmente incapaz da abstracção, naquele sentido ede uma reflexão separada da vida, de construção de castelos no ar». Anoto o advérbio «felizmente». Um povo que vive o que vê, e com o concreto se basta, é seguramente um povo feliz. Rural, os pés assentes na terra, sabe contar pelos dedos, basta-lhe a aritmética, dispensa a álgebra e a infelicidade que com ela chega sob a forma de números racionais.
Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos religiosos antigos. Três
gravuras e um texto de hermenêutica e oração.
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Foi tanta a devoção, a fé, o encanto e o amor, que as imagens religiosas
gravadas em papeis e pergaminhos, os chamados registos ou estampas, geraram
nas ...
Há 4 horas