A propósito de Álvaro Ribeiro, a que a revista «Teoremas de Filosofia» dedica o seu número 12, Pedro Sinde escreve que «o português é, no seu melhor, de um realismo idealista ou de um idealismo realista, que o torna felizmente incapaz da abstracção, naquele sentido ede uma reflexão separada da vida, de construção de castelos no ar». Anoto o advérbio «felizmente». Um povo que vive o que vê, e com o concreto se basta, é seguramente um povo feliz. Rural, os pés assentes na terra, sabe contar pelos dedos, basta-lhe a aritmética, dispensa a álgebra e a infelicidade que com ela chega sob a forma de números racionais.
Francisco Soares Toscano. A Sibila Cumeana em Portugal. Os "Parallelos de
principes, e varões illustres antigos, a que muitos da nossa naçam
portuguesa se assemelhàrão em suas obras, ditos, & feitos."
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Em 1623 era dado à luz em Évora na oficina tipográfica de Manuel de
Carvalho uma obra de grande erudição, boa psicologia e sagaz
comparativismo. Do seu ...
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