Há muito tempo que eu não vinha aqui. Comecei este «blog» por achar que na geometria encontraria uma forma não geométrica de me exprimir. Depois dediquei-o à filosofia portuguesa. Com o avolumar daquilo a que me obriga o meu emprego, que eu sou mal empregado, patrão de mim mesmo e ao serviço dos outros, passam-se dias em que nem um pensamento sequer, quanto mais uma filosofia. Esta manhã um sentimento de não poder definhar mais a pontos de estar como estou, acordou comigo, no mesmo sofá. Vim aqui deixar esta nota. Escreveu-a o Reinaldo Ferreira, esse mesmo, o repóter. Li-a como se minha fosse ou de mim falasse: «Tome-se um homem, feito de nada, como nós, e em tamanho natural. Embeba-se a carne, lentamente, duma certeza aguda, irracional, intensa como o ódio ou como a fome. Depois, perto do fim, agite-se um pendão e toque-se um clarim. Serve-se morto». Di-lo, comovidamente, o Mário Viegas. Ouço-o, raivosamente, eu, que aqui o cito.
Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos religiosos antigos. Três
gravuras e um texto de hermenêutica e oração.
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Foi tanta a devoção, a fé, o encanto e o amor, que as imagens religiosas
gravadas em papeis e pergaminhos, os chamados registos ou estampas, geraram
nas ...
Há 4 horas