Barricavam-se nas tertúlias, a filosofia surgia-lhes entre chávenas de café, pensamento pigarreante, as ideias em intervalos, o pensar como exasperação de empregos rotineiros e de ocasião. Funcionários modestos, professores de liceu, tradutores do que calhava, muitos sem escola, deixaram uma escola. As Academias desprezavam-nos, as Faculdades nem os queriam ver. Alguns são o que se chama a filosofia portuguesa, nómada e errática. A sua fé é na Pátria dos Portugueses o seus Deus uma divindade incorpórea, o divino Espírito Santo, que todos veneram, mesmo os que rezam em silêncio por uma Nação que não morreu.
Francisco Soares Toscano. A Sibila Cumeana em Portugal. Os "Parallelos de
principes, e varões illustres antigos, a que muitos da nossa naçam
portuguesa se assemelhàrão em suas obras, ditos, & feitos."
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Em 1623 era dado à luz em Évora na oficina tipográfica de Manuel de
Carvalho uma obra de grande erudição, boa psicologia e sagaz
comparativismo. Do seu ...
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